Os professores deliberaram em assembléia ontem (07/08) a continuação da greve por tempo indeterminado e agendaram próxima assembléia para o dia 10/06/2010 às 19h30. As contas ainda estão bloqueadas e nenhum funcionário da universidade recebeu seu salário, alguns chegando a acumular 2 salários em pendência, sendo depositando apenas os valores dos vales transporte. Durante a assembléia, nós estudantes, organizamos um pequeno ato de esclarecimento aos alunos dos cursos que estão tendo aulas, são eles: psicologia, direito, farmácia, odontologia e administração, com o intuito de informá-los da importância de organizar o movimento estudantil.
Durante a assembléia houve o repasse das duas reuniões que aconteceram na terça-feira passada (01/06/2010), a primeira com o representante do MEC, João Nelson dos Santos, em São Paulo, onde participaram representantes discentes e docentes, e em Brasília onde foram dois professores do Comando de Greve para conversar com o Ministro da Educação Fernando Haddad.
Na primeira, o MEC informou que não pode intervir diretamente na questão financeira da universidade, pois tem poderes apenas sobre a mantida (Universidade) e não sobre a mantenedora (Círculo dos Trabalhadores Cristãos do Embaré) sendo de sua responsabilidade apenas as questões pedagógicas e que quanto a estas ele pode garantir aos alunos. Ainda assim, agendou uma inspeção na universidade e se houver problemas na área disciplinar (diretrizes curriculares etc...), ai então poderia mediar algo. Afirmou ainda que apenas em última instância ele descredencia uma universidade.
Na reunião em Brasília os professores expuseram a situação da Unicastelo ao Ministro da Educação que se disse surpreso por não estar ciente da delicada situação da universidade. Nenhuma solução foi proposta de fato, pois é um processo e requer diálogo com outras instâncias. O ministro disse ainda que a universidade pode ir sim a falência, porém o MEC zelaria pelos alunos.
Outra informação importante passada na assembléia foi sobre a visita do administrador da penhora, quem está cuidando das contas bloqueadas. Este veio à universidade verificar se a greve era legítima ou massa de manobra da reitoria para liberar as contas. Conversou com o comando de greve, constatou que a greve é legítima e que a mantenedora/reitores agem de má fé.
Alguns encaminhamentos da assembléia:
-ficou deliberado de os professores entrarem com dissídio coletivo, onde ganhando a causa a universidade ficaria responsável por pagar uma multa diária.
-será pedido um posicionamento da reitoria por escrito.
-haverá mais ações dos professores para convencer os demais colegas que ontem não receberam, porém continuam dando aula "para o bem dos alunos".
As falas foram convictas em manter a greve mesmo com o pagamento de um salário, já que o que esta em jogo é a estabilidade e, mesmo que recebam, os professores devem ter a certeza que futuros salários não atrasarão.
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