terça-feira, 15 de junho de 2010

Texto produzido por uma aluna de Pedagogia 7° semestre.

As notícias que recebemos da última Assembléia dos Professores, realizada dia 10/06, nos trouxe, enfim, as novas que tanto esperavámos - as contas foram desbloqueadas e, até quarta-feira, os salários devem ser depositados. Sem dúvida, esta notícia muito nos alegra, pois, enfim, retornaremos nossas aulas e poderemos concluir nosso curso (para alguns, o semestre).
No decorrer do curso de Pedagogia ouvimos muito sobre a luta travada entre proletários e burgueses, não apenas ouvimos, como discutimos sobre o tema, sobre as injustiças, cujas quais, fundamentam-se nossa formatação societária (capitalista). Sempre ouvimos com indginação, com repulsa àqueles que exploram e, com solidariedade àqueles que são explorados. E, agora, quando nos deparamos com essa realidade na nossa "cara", nos afrontando, prejudicando professores e alunos, nos sentimos, espontaneamente, co-autores desta greve, haja visto que, de maneira alguma poderíamos concordar, mediante nossa formação, em participar de aulas que expressem o fruto da injustiça, da mentira, do assalto aos cofres da Universidade, de maneira alguma poderíamos compactuar com o trabalho não remunerado, com o trabalho voluntário.
Não apenas parabenizo aos professores que demosntraram coragem e consciência coletiva como, também, lamento pelos professores que não aderiram a greve, que se submeteram a um sistema de exploração, dando à seus alunos um péssimo exemplo.
de que, mediante uma situação critica que representa um profundo desgaste nas relações entre trabalhadores e proprietários do capital, situação em que os trabalhadores se veêm destituidos do seu direito primeiro que é o seu salário, provedor até mesmo de condição para trabalhar, seja este, ainda, o acusado de toda culpa pela impossibilidade de aula e lhe atribuida toda a responsabilidade pela situação.
Muito me espanta e indigna, que professores ensinem aos seus alunos tais comportamentos e idéias, pois, sujeitos com tais atitudes só podem reproduzir uma sociedade desigual compactuando com idéias burguesas de relações de trabalho. E, sabemos bem como isso acaba: trabalhadores (professores) que são submetidos à mutiliação em todas as esferas de sua vida, seja, econômica, social, cultural, familiar e/ou política.
Há que se refletir sobre qual sociedade desejamos viver: a que valoriza o trabalhador, que trata seu próximo com dignidade e respeito, ou, àquela que explora no último, que não se compadece, que age na coerção do seu povo? Esta segunda é a que já vivemos, porém, cabe a nos querermos mudá-la. Hoje, nossos professores nos deram um bom exemplo, nos mostraram que isso é possível, que a mobilziação coletiva em prol do bem coletivo pode transformar uma realidade miserável em algo melhor.
É fato que, a liberação da contas, não resolve todos os problemas. O dinheiro continua sendo desviado, assim sendo, a luta não termina aqui, ISTO TEM DE SER APENAS O COMEÇO. A união entre professores, entre alunos, deve continuar para que a Instituição, que representa um bem cultural, de ensino, permaneça e seja bem administrado, caso contrário, teremos de conviver com o fracasso da mesma. Volto a enfatizar que a admistração tem de sofrer uma intervenção mais séria, pois, a situação financeira da Universidade é delicada, por isso, o movimento não pode parar. O pagamento dos salários atrasados é uma vitória, mas não o fim da batalha.
Mas, por essa vitória e pela demonstração de honra e dignidade dos nossos professores, convido a todos para que os aplaudam quando retornarem às salas de aulas.

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